A presença dos dentes de leite é muito importante, pois prepara o caminho (guia) para o nascimento dos dentes permanentes, mantendo em equilíbrio harmônico o crescimento das estruturas da face (dentes, ossos e músculos) e proporciona uma mastigação e deglutição adequadas dos alimentos. Cáries não tratadas nos dentes de leite podem levar à infecção e à má formação do dente permanente. Além disso, crianças esteticamente comprometidas possuem dificuldade de comunicação e integração social.
A formação dos dentes de leite inicia ainda no primeiro trimestre da gravidez, isto é, durante a vida intrauterina do bebê. Por volta dos 6-7 meses de idade erupcionam os primeiros dentinhos na arcada inferior, dando início à dentição decídua, que estará completa por volta dos 2 anos e meio de idade, com um total de 20 dentes. Caso isto não tenha ocorrido, um odontopediatra deve ser consultado para examinar se existe algum fator impeditivo da erupção normal do dente.
A formação dos dentes permanentes inicia-se no nascimento do bebê, com o primeiro molar permanente. Aos 6 anos este dente erupciona, sem substituir nenhum dente de leite, dando início à dentição mista.
Aos 12 anos erupcionam os segundos molares permanentes e os caninos superiores. A dentição permanente é constituída por 32 dentes, sendo que os terceiros molares (sisos) são os últimos dentes a irromperem, na faixa entre 16-25 anos. Em muitos adolescentes, os terceiros molares não irrompem por falta de espaço no arco dentário ou porque estão mal posicionados no osso e ficam inclusos e/ou impactados no dente vizinho.
A partir do momento que os dentes irrompem na boca do bebê, adere-se a superfície do dente uma película chamada placa bacteriana. As bactérias presentes nesta película fermentam certos açúcares da dieta, dando origem ao ácido lático, que atua como um agente agressor do esmalte dentário.
De uma forma geral, as pessoas que mais consomem alimentos açucarados, principalmente entre as refeições, e que negligenciam a sua higiene bucal são mais acometidas por cáries.
A mancha branca sem brilho no dente é o primeiro sinal da doença cárie, e pode ser estacionada através de uma higiene bucal adequada e da fluorterapia.
É um dos grandes agentes na redução da doença cárie. Entretanto, o flúor ingerido em excesso, por ingestão da pasta de dentes ou através de suplementação poderá causar manchas e defeitos nos dentes.
É como um verniz que impermeabiliza os sulcos profundos dos dentes, dificultando assim a retenção de restos de alimentos e a evolução da cárie.
A placa bacteriana sobre os dentes e gengiva pode levar à formação de cárie e doenças gengivais, portanto a higiene bucal deve ser realizada com escova dental macia, pasta de dentes fluoretada e fio dental. A qualidade da escovação é muito mais importante do que a quantidade de escovações realizadas ao longo do dia.
Se for observado algum ponto de sangramento na gengiva, isso é sinal de doença (gengivite). Essa área deve ser melhor higienizada, e um cirurgião-dentista deve ser consultado.
Os dentes do bebê começam a se desenvolver entre a 5ª e a 6ª semana de gestação. Recomenda-se que as novas mamães realizem uma consulta com um odontopediatra para receber orientações sobre como higienizar a boca do bebê na época de erupção dos dentinhos, posição adequada de amamentação, época do desmame, perigos da automedicação (flúor e antibiótico), uso do bico e para esclarecer outras eventuais dúvidas que ela venha a ter.